Minha homenagem vai para as duas
mulheres da minha vida. Minha avó e minha mãe.
Minha avó, uma mulher doce de
cheiro marcante e voz inconfundível. Com ela aprendi a acreditar no amor. Sua
beleza e ternura embalaram muitos dos meus sonhos, que acostados em seu colo
recebiam de presente cafunés inconfundíveis. Minha avó é a luz da minha vida...
Minha mãe, uma jovem e tímida
moça que aos 17 anos trocou sua juventude pela responsabilidade da criar 03
filhos em uma cidade que nunca a olhou com respeito, foi aos poucos abraçando a
ferocidade que aguça e acompanha a mulher quando se depara com a maternidade.
Um corpo frágil que de forma avassaladora recebe a força protetora que toda
mulher aprende a ter para cuidar de seus rebentos, misturando sentimentos de
mulher e moça e mãe. E o corpo impulsiona a maturidade e transforma os sonhos
românticos em mãos calejadas e corpo suado no dia-a-dia da dona de casa...
Um dia, mais tarde, a jovem moça volta a sua
terra para reaver o tempo perdido com sua mãe e consegue ter com ela os últimos
momentos de um amor inseparável. Para embrulhar a vida com ainda mais amor,
torna-se mãe de novo e abre seus braços para 04 filhos.
Quando já havíamos aprendido com
ela toda a força que uma mulher-mãe é capaz de ensinar aos seus filhos, ela nos
ensina mais! Torna-se avó e aí ela nos mostra a vontade de querer ser filha e
neta, como se fosse possível receber ainda mais amor...
Minha avó e minha mãe representam
pra mim desde sempre o exemplo maior do quanto a nossa sociedade cobra de nós
mulheres, atitudes, vozes, sentimentos... Sempre senti como se nós, mulheres, tivéssemos
que de alguma forma fazer merecer o espaço conquistado.
Foi assim, olhando para elas que
a cada dia da vida dediquei todas as minhas conquistas. Minha avó com sua luz e
milha mãe com sua força, juntas e misturadas dentro de mim.
A elas devo tudo o que sou!
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