Faz um bom tempo que não escrevo. Talvez me faltassem emoções, talvez eu precisasse juntar pedaços de mim que se encontravam perdidos ou simplesmente porque não estava mesmo afim de dividir meus pensamentos. De qualquer forma hoje eu estou aqui e quero falar dessa imagem que encontrei de um jeito meio inusitado e “moderno”: xeretando o álbum de fotos de um amigo no Faceboock...
Ela na verdade me prendeu e praticamente me obrigou a publicá-la. Algumas pessoas podem achar estranho, afinal são imagens de palavras, várias que escutamos eventualmente sem levar muito em conta, tanto pelo fato de que algumas delas tenham na atualidade representações desprezadas ou pormenorizadas ou porque devido a praticidade que hoje buscamos tanto nem nos damos ao trabalho de entendê-las, senti-las, vivê-las.
O fato é que todas essas palavras juntas me fizeram pensar na vida e no valor das pequenas coisas que também fazem parte dela. Nos sonhos que tanto nos embriagaram na adolescência, na saudade de tudo o que foi bom, mas que teve seu tempo e passou...
Tenho a impressão de que cada uma dessas palavras compõe uma colcha de retalhos de cada uma das vidas espalhadas pelo mundo. São partes de nós...
-Por que deixamos de tê-las em nosso cotidiano? Por que a medida que amadurecemos vamos criando barreiras de proteção contra esses retalhos que nos fazem viver? Essas são perguntas que eventualmente faço e refaço. Tenho uma dificuldade imensa em entender pessoas, aliás, em entender os adultos! Regras, proteções, limites, falta de tempo, falta de amor, de sexo, de prazer, de sonhos, de vida... Vamos crescendo e vamos perdendo cada um desses pedaços, alguns se arriscam, alguns tentam o resgate, mas alguma coisa dentro parece que impede...
Ah! Tem horas que ser adulta cansa.. Eu só queria poder de vez enquando fazer um flashback ouvindo a Nika Costa, chupar um chiclet ploc e ver o mundo lá fora através da janela do meu minúsculo quarto, onde junto com meus irmãos muitas vezes dormíamos contando histórias de terror... Como é bom sonhar!
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