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sexta-feira, junho 27

Trabalhar a educação para o fim da descriminação

Saber o que é estável e o que é circunstancial em uma pessoa, conhecer suas características e potencialidades e reconhecer seus limites é central para o desenvolvimento da identidade e para a conquista da autonomia. A capacidade das crianças de terem confiança em si próprias e o fato de sentirem-se aceitas, ouvidas, cuidadas e amadas, oferecem segurança para a formação social e pessoal. A possibilidade de desde cedo efetuarem escolhas e assumirem pequenas responsabilidades favorece o desenvolvimento da autonomia, essencial para as crianças se sentirem confiantes e felizes.
O desenvolvimento da identidade e da autonomia estão intimamente relacionados com os processos de socialização. Nas interações sociais se dá a ampliação dos laços afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com os adultos, contribuindo para o reconhecimento do outro e constatação das diferenças entre as pessoas para que sejam valorizadas e aproveitadas para o enriquecimento de si próprias.
Isso pode ocorrer nas instituições de educação infantil que se constituem, por excelência, em espaços de socialização, pois propiciam o contato e o confronto com adultos e crianças de várias origens socioculturais, de diferentes religiões, etnias, costumes, hábitos e valores, fazendo dessa diversidade um campo privilegiado de experiência educativa.
A Instituição educativa por ser um corpo social e indissolúvel pode assim, criar condições para as crianças conhecerem, descobrirem e ressignificarem novos sentimentos, valores, idéias, costumes e papéis sociais.
Para que seja incorporada pelas crianças, a atitude de aceitação do outro em suas diferenças e particularidades precisa estar presente nos atos e atitudes dos adultos com quem convivem na instituição. Começando pelas diferenças de temperamento, de habilidades e de reconhecimentos, até as diferenças de gênero, de etnia e de credo religioso, o respeito a essa diversidade deve permear a relações cotidianas. Uma atenção particular deve ser voltada para as crianças com necessidades especiais que, devido às suas características peculiares, estão mais sujeitas a discriminação. Ao lado dessa atitude geral, podem-se criar situações de aprendizagem em que a questão da diversidade seja tema de conversa ou de trabalho.
É de estrema necessidade que consigamos acabar com o viés discriminatório que por décadas assolou nossos pensamentos, fazendo com que , sem sentir tomássemos atitudes preconceituosas e excludentes.

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