Dezirée & Lucca Forever

quinta-feira, maio 1

Homem e Mulher x gênero


O discurso dos gêneros é algo crescente em nossa contemporaneidade.
Após a emancipação feminina, tornou-se excepcional a redefinição dos papéis homem e mulher.
Essa emergência trazida pela estagnação do homem em seu papel acarreta ainda enormes desequilíbrios em nosso universo social.
Conforme tento deixar explícita, minha intenção não é defender unicamente nenhum dos lados, mas sim expor na medida do possível minha inquietação em relação a esse caos generalizado que se encontra as relações interpessoais.
Devemos deixar de lado frases preconceituosas como:
_ A mulher tem que fazer isso...
_ O homem deve fazer aquilo!
É preciso que nos olhemos enquanto seres humanos, tão diferentes entre si e ainda sim absolutamente complementares.
Sempre me pergunto porque o homem não pode chorar? Afinal, pelo que sei, biologicamente seus olhos são capazes de produzir lágrimas também...
Assistindo a uma conferência habilmente ministrada pelo professor Durval Muniz, reconduzi meus aforismos e comecei a ver o homem com um olhar menos machista.
_Os homens são escravos de sua própria masculinidade!Eles choram! Eles amam! Eles têm medo!
Precisam a todo instante provar o quanto são machos! Sua virilidade está diretamente relacionada ao número de mulheres que conseguem beijar, ter ou enganar...
O pior é que muitas vezes, nós mulheres ainda os usamos como remédio. Acreditamos que se não temos um, seja lá de que forma for, não nos enquadramos às exigências... Exigências??? Pois é, aquelas famosas exigências burguesas...
Expressamos cotidianamente nossa condição libertária, mas ainda nos agarramos a papéis de gênero, quando nos é conveniente.
Os homens se sufocam todos os dias por morais que nem de longe fazem com que continuem na posição de comando.
O discurso individualista do capitalismo foi bastante cruel nessa homilia e cavando abismos profundos de hipocrisia.
Toda essa aparente evolução, apenas mostra que o estilo, muito mais que a substância, é que está sujeito a alterações.
Freqüentemente me deparo com meus alunos ditando regras de comportamento e participação para as meninas e meninos. É evidente que até uma certa maturidade é necessário que eles compreendam quem são, o que são e querem.
O grande desafio da educação hoje é justamente encontrar a linha tênue onde se deve passar a educar sem discriminação. Fugir da reprodução de discursos que segregam as relações pessoas futuras e reafirmam os papéis de uma sociedade que necessita evoluir socialmente e emocionalmente.
Ainda acho que há uma saída, mas é preciso que cada um busque no outro uma complementaridade, sem rivalidade, sem disputas. O caminho é longo... Comecemos...

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