Hoje fui
impulsionada a escrever pra tentar ajudar uma pessoa que embora eu não tenha
intimidade, me identifiquei muito, por sua intensidade. Por causa dela recordei
momentos delicados da minha vida que me ensinaram muito e me fizeram perceber
que ficar parada no tempo, sentindo pena de si mesma não resolve nada, só nos
machuca ainda mais. A gente tem mania de sentir-se exageradamente especial
quando alguém pisa na bola conosco. Claro que ninguém merece ser maltratado,
mas as melhores partes dessas histórias são à volta por cima, no melhor estilo
“E o vento levou...”.
Quando li o
livro Amor Líquido, do Zygmunt Bauman, comecei a olhar os relacionamentos com
maior clareza e menos véus. Compreendi que principalmente nós mulheres, ainda
carregamos em nossa afetividade muito dos ideais românticos de nossas avós e
mães e por isso potencializamos demais nossas dores amorosas.
Comecei então a
partir daí a fazer uma viagem maravilhosa por dentro de mim mesma e fui jogando
valores, estigmas e idealizações fora, reciclando desejos e principalmente,
instalei dentro de mim uma máquina “metamorfoseana”, influenciada por Raul
Seixas.
Amiga linda,
sensível, romântica e verdadeira, muitas vezes o que nos machuca mais não é
apenas não ser correspondida, mas sim a agonia de começar tudo de novo e ter
que desistir daquele amor que não deu certo. Então minha querida, respire
fundo, dê adeus e siga enfrente. Limpe seu coração de mágoas, porque elas tiram
o brilho do olhar e relembre do seu verdadeiro sorriso. Aquele que você dava sem
ter que precisar de alguém. Aquele que você dava ao olhar um lindo dia, ao ver
o mar, ao contemplar a vida.
Deixe as
amarguras, decepções e tristeza daquele que te feriu. Não dê atenção a pedras
que “choram sozinhas no mesmo lugar”.
A vida ainda te
guarda muitas alegrias!
Recomece!
Beijos no coração!
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