Dezirée & Lucca Forever

domingo, julho 17

Ao amor em todas as suas formas...

Hoje, nesse domingo chuvoso me sinto impelida a sonhar e lembrar de momentos bons da minha vida. Domingo é sempre dia de nostalgia, mas nada de cunho depressivo, melancólico ou sofrido. Rememorar também é viver o presente, afinal somos feitos de uma eterna (re) construção e desconstrução...

Nos últimos anos tive o prazer de conhecer pessoas incríveis, sensíveis, carinhosas, confiáveis, gente que me deu muito e que espero ter retribuído algo substancial também. Por causa deles revi muita coisa entranhada em mim despindo-me de conceitos castradores e de verdades absolutas.

É muito bom sentir-se livre para ser...

Claro que ainda cometo milhares de erros todos os dias, mas aprendi a voltar atrás, a me desculpar e ouvir, principalmente ouvir.

Aproximei-me de mulheres lindas, audaciosas, inteligentes e generosas que me ensinaram muito, conheci também homens marcantes, sensíveis, pais maravilhosos que igualmente me acrescentaram sorrisos inesquecíveis. Amigos, amores, leituras, filmes e vida. Um conjunto de temperos inexoráveis. Em meio a essas minhas palavras o amor sempre esteve, está e estará presente, edificando, confortando e constituindo a minha forma de ser. E é para todos os que em minha vida estiveram, estão e sempre estarão que ofereço essa pérola escrita por Renato Russo, e que trás em sua construção trechos de Camões.

Fênix Forever


MONTE CASTELO [Renato Russo]

 Ainda que eu falasse a língua dos homens. E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria. É só o amor, é só o amor. Que conhece o que é verdade. O amor é bom, não quer o mal. Não sente inveja ou se envaidece. O amor é o fogo que arde sem se ver. É ferida que dói e não se sente. É um contentamento descontente. É dor que desatina sem doer. Ainda que eu falasse a língua dos homens. E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria. É um não querer mais que bem querer. É solitário andar por entre a gente. É um não contentar-se de contente. É cuidar que se ganha em se perder. É um estar-se preso por vontade. É servir a quem vence, o vencedor; É um ter com quem nos mata a lealdade. Tão contrário a si é o mesmo amor. Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem. Agora vejo em parte. Mas então veremos face a face. É só o amor, é só o amor. Que conhece o que é verdade. Ainda que eu falasse a língua dos homens. E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário