Dezirée & Lucca Forever

domingo, setembro 21

“CELEBRAÇÃO DA VIDA”

Maricô, celebrando a vontade de viver

Por Walter Dantas
A face contida deu lugar à alegria para expressar a felicidade de poder viver o momento de celebração à vida. Oitenta anos completados de dona “Maricô” que um dia se fez Maria Granjeiro e por opção se tornou Assis para escrever, ao lado de seu “Tim”, uma história a que tantos já se agregam. Celebrar a vida para quem dela um dia desistiu vai além da comemoração de uma data. Representa a certeza de que vale a pena viver e não ter medo de ser feliz. É o renascer que leva adiante a trajetória de uma destemida mulher que, mesmo com tantas adversidades, sobrevive e festeja o “parabéns prá você” como o reinício de um caminho que é trilhado a cada dia. “Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu”. O Desassossego toma conta do coração e a tristeza embota o corpo que perde a vontade de viver. A vida deixa de valer à pena e se torna fardo pesado de carregar. A vida estanca de repente e o tempo pára e nada há além do desejo de morrer... Tem dias que a gente precisa reaprender a viver. Refazer o caminho por quantas e possíveis sejam as novas estradas. Na dimensão do agora damos o sentido pleno ao fazer, ao querer e ao poder. Viver volta a valer à pena e cada ato, cada gesto, cada fato assume a enormidade da existência. E a existência se torna plena em novos significados. O secundário e o principal mudam de conotação e realinham atitudes e eu me apego ou desapego na proporção do meu novo compreender. O que me é enorme pode ser diminuto além de meu olhar. O que me é menor pode ser imenso para tantos outros... Ser feliz é tudo o que queremos. E na escala de medição da vida, há diferentes formas de felicidade! Posses, fama, prestígio, reconhecimento, orgulho de ter e ser maior, são algumas... Desta forma, fitamos a métrica usual e conjugamos o verbo na primeira pessoa do singular. Focamos em nós e buscamos a felicidade imaginada... A felicidade pode estar além dessa métrica usual. Pode ser um momento que mesmo efêmero no cronometro do tempo seja eterno no resultado causado. Pode ser a alegria de um choro de criança que se faz vida e ao mundo chega. Um olhar, um afago, um gesto solidário também podem ser felicidade sentida. A felicidade não se faz em caminho único definido por modelos matemáticos que sejam. A felicidade é rota de chegada ou início de caminhada? É conquista do querer racional ou expressão de vida vivida sem esse querer? A felicidade é pura expressão da alma... No “parabéns-pra-você” o sopro da vela foi forte. O pedido que o acompanhou não foi revelado, mas a expressão do olhar e o sorriso largo deram plenitude ao seu significado. A felicidade é o momento da vida celebrada. “Maricô”, para nossa alegria, celebra a vida!
“E Agora me diz: o que faz você feliz?”...

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