Dezirée & Lucca Forever

quarta-feira, maio 21

Religião, um meio social gerador de poder



Na microfísica do poder, de Foucoult, vê-se uma rede de poderes que permeia todas as relações sociais, marcando as interações entre os grupos e as classes.
A Religião apresenta-se como uma forma determinista da conduta humana, até maior que as legislações vigentes em qualquer país.
Sendo um meio social de consolidação do poder.
Estruturada pelo homem, busca na espiritualidade de cada um, uma forma de domínio, pois um povo, uma nação, uma tribo, necessita de organização e limitação e quando essas linhas seguem intrínsecas a religião, elas obtêm, juntamente com a fé, um poder muito maior do que qualquer lei vigente em qualquer sociedade.
Nas construção da identidade brasileira, exemplarmente, apesar da aparente união, a identidade religiosa sobrepunha a reinícula de tal forma que essa comandava a politicagem do país.
Maomé, conduziu seu ensinamento com grande astúcia, não quero entretanto afirmar que o mesmo estava em busca de poder, [talvez essa busca seja uma forma inconsciente de sobrevivência] contudo, seu delineamento perspicaz na condução da vida muçulmana, dentro de seus padrões de controle, consolidaram o islamismo e fizeram de Maomé um importante profeta, num momento de grandes conflitos que lhe trouxeram um grande poder.
A ética da religião protestante discutida por Weber, mostra claramente, na relação do trabalho, como forma de ascensão, o poder na qual me refiro.
Para Lutero, o lucro só seria possível, se um indivíduo suplantasse o outro, pois o ganho de um, vinha justamente, da perda de um outro. A profissão vinha a partir do “desígnio divino” e por isso o indivíduo deveria permanecer na profissão que Deus escolheu para ele. Esse desígnio seria interpretado de acordo com as expectativas de poder existentes em cada um, seja para uma representação moral na sociedade ou satisfação pessoal...